Se tem uma coisa que faz um cabeleireiro tremer na base é uma cliente chegar ao salão pedindo um corte de cabelo ou penteado igual ao de alguma famosa. Mas, segundo a cabeleireira Jô Nascimento, educadora que tornou-se referência no Brasil e no exterior na área de beleza, é possível sim contribuir para a construção deste verdadeiro milagre.
Em primeiro lugar, é preciso entender as expectativas da cliente. “Muitas vezes, o que ela quer não é o cabelo, mas a vida da celebridade ou de seu personagem. Temos que ter muita sensibilidade para identificar seu real desejo porque muitas vezes o que ela quer não é necessariamente o que ela diz querer”, alertou.
Para evitar este tipo de problema é indispensável saber sobre as atividades diárias da cliente, seu tipo de trabalho, a personalidade e, por fim, seu tipo de rosto. “Temos que fazer uma proposta adequada ao seu estilo de vida. Devemos criar um look adequado dentro do que ela deseja expressar com sua imagem”, revelou destacando a importância do visagismo no dia a dia dos salões.
Após uma breve apresentação teórica sobre algumas técnicas com tesoura, navalha e desfiadeira, Jô partiu para a prática. Ela realizou três cortes de cabelo inspirados em atrizes famosas e mais dois penteados tendo como referência celebridades que estiveram presentes à cerimônia do Oscar.
Segundo a profissional, além de muita inspiração e estudo, é primordial que o cabeleireiro seja sempre muito bem informado. “Além de conhecimento técnico e de moda, é necessário estar muito atento ao que acontece no mundo, quem são as celebridades em destaque e que devem ser copiadas. Para isso é indispensável consultar as revistas e a internet”, sugeriu.
Para finalizar, Jô Nascimento reforçou que qualquer cliente, independentemente de querer copiar um famoso ou não, compra muito mais que um corte de cabelo quando vai ao salão. “Nós vendemos sonhos. O que ela compra efetivamente é uma idéia de que aquilo é o que ela precisa para se sentir mais bonita, segura, amada. Para isso, é preciso que ela acredite no nosso trabalho, que sinta confiança. Nós temos que transmitir essa confiança a elas”, conclui.